sábado, dezembro 25, 2004

“O AMANHÔ NASCEU

O Amanhã nascendo

O que não aparece ou a nossa hipocrisia não deixa ver...


19 de Dezembro de 2004 – Peça de abertura do Programa Gritos Urbanos, “O Amanhã”, teve sua estréia. No próprio teatro onde acontecerá o evento do dia 16 de março de 2005, crianças que participam de diversas atividades culturais dentro do Espaço Cultural Beija-Flor e, fazem parte do projeto de integração teatral das oficinas, sob a coordenação de Geovan Sabino, surpreende e ultrapassa limites físicos e emocionais.

O espetáculo mescla técnicas de Circo e o teatro   O espetáculo mescla técnicas de Circo e o teatro   O espetáculo mescla técnicas de Circo e o teatro
O espetáculo que mescla técnicas de Circo - um trabalho desenvolvido pelo arte-educador e artista circense Márcio José da Costa – e o teatro, implementado por Geovan.

Sua essência, um verdadeiro “avessar” de tudo que está sagradamente ocultado dentro de nós - no corpo, na mente e no espírito.
Tudo parte do nascimento, o rompimento com a segurança do ventre materno, o deslizar para a suposta liberdade e ascensão da nossa existência no mundo. A peça trás a partir de movimentos simultâneos de várias crianças nascendo, uma incrível constatação da criação humana que se apresenta ao mundo pela metamorfose física, afetiva e emocional que é o nascimento.

Crianças surpreende e ultrapassa limites físicos e emocionais
Crianças que participam de diversas atividades culturais dentro do ECBF, surpreende e ultrapassa limites físicos e emocionais.

O choro, o primeiro grito que expõe nossa vontade e apelo pelas compreensões dos que se põem a nossa volta. O nosso arrastar pela peregrinação na terra e, em seguida um momento onde é colocada a mostra nossa fragilidade. Quando criança, seja pelo descuido de alguns pais ou por serem seduzidas pelos encantamentos produzidos pelo mundo moderno, como as drogas, ou a simples vontade de não ser diferente da criança que tem em sua casa o que comer, vestir e não obrigada a abandonar sua infância pela obrigação de vender doces nas avenidas geladas e cruéis do mundo.

O Amanhã nascendo   O Amanhã nascendo
O nosso arrastar pela peregrinação na terra e, em seguida um momento onde é colocada a mostra nossa fragilidade.

Na verdade o que foi apresentado no dia 19 de dezembro - data escolhida para a festa de encerramento das atividades deste segundo semestre e também confraternização de natal dos monitores, alunos, pais, convidados, comunidade e coordenação do ECBF -, é apenas um trecho da peça que logo poderemos apreciar na íntegra.

O Amanhã nascendo
A peça trás a partir de movimentos simultâneos de várias crianças nascendo, uma incrível constatação da criação humana que se apresenta ao mundo pela metamorfose física, afetiva e emocional que é o nascimento.

O que os olhos puderam captar e o que nossa sensibilidade pode entender vem de um processo já experimentado pelo ECBF. Há algum tempo um outro trecho do mesmo espetáculo, construído com os alunos de distintas oficinas, integradas para desenvolverem um tema e reproduzirem dramaticamente as idéias e conflitos de sua história, pode ser vista pelo público do Show da Banda AfroReggae no SESC Santo André.

Banda AfroReggae no SESC Santo André   Banda AfroReggae no SESC Santo André
Nossos aliados do Rio de Janeiro, a Banda AfroReggae, importante grupo do cenário artístico e social nacional.

Há um ano, a nossa Banda Beija-Flor apresentou-se como convidada especial deste importante grupo do nosso cenário artístico e social nacional. A peça encantou a todos, sob o som da canção “Criança é Esperança” - Banda Beija-Flor e os rappers do nosso Hip-Hop “Forevolution” - e com teatro, dança, música e muita energia fizeram ferver aquele palco e, todo o público vibrou e se emocionou, o que não foi diferente no dia 19 e se fará melhor no Programa VIDAS - As Faces e Forças de um Povo, no dia 16 de março de 2005.

Aguardem!


Integração Social – AfroReggae – Beija-Flor
Integração Social entre GCAR – Grupo Cultural Afro-Reggae e ECBF – Espaço Cultural Beija-Flor no SESC Santo André.

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quarta-feira, dezembro 15, 2004

A SENSIBILIDADE DE UM OLHAR

Itapicuru e as Palhas Sequinhas” - Óleo sobre tela: 92 x 75 cm.
“Itapicuru e as Palhas Sequinhas” - Óleo sobre tela: 92 x 75 cm.

“Renato Koledic, através destas obras, revela aos olhos desatenciosos o que não conseguem enxergar.”


Um olho clínico com uma visão apurada, sensibilidade e muito humor fazem de um caricaturista uma pessoa especial, capaz de identificar com um simples olhar, detalhes pequenos que nós, de tanto ver, acabamos não percebendo. Ele consegue, através de sua refinada visão dar uma cara nova a cada face caricaturada realçando o que há de mais notável ou tornando-o mais visível, e é por toda esta sensibilidade e talento que Renato Koledic – caricaturista das ruas de Paraty e de várias partes do mundo -, é com certeza peça de participação fundamental dentro da programação de VIDAS - Faces e Forças de um Povo.

Todos os espectadores terão a oportunidade de apreciar seu talento e criatividade através de obras sátiras produzidas pelo artista e muitas outras surpresas durante o decorrer do programa no ECBF dia 16 de Março às 16:00h.

Nascido em 1963 na cidade de Zagreb, Croácia, Renato Koledic viveu parte da infância com sua família no Japão. Esta experiência foi de grande proveito para seu desenvolvimento artístico, pois, a cultura oriental lhe desperta sensações inigualáveis e indescritíveis às palavras, e só mesmo utilizando sua criatividade ao expressar-se para compartilhar esses sentimentos com as demais pessoas.

Em sua cidade Natal, para onde voltou com a família no ano de 1977, aprimorou seus conhecimentos estudando pintura e desenho na escola de Belas Artes e no Centro Universitário Cultural. Todo o seu acúmulo foi posto em prática no decorrer de algumas viagens pelo mundo.

Na Itália, apresenta alguns de seus quadros e também passa a fazer retratos pelas ruas de Amsterdã até que, no ano de 1991 viaja para a América Latina, onde seu objetivo era o de concluir sua terceira volta ao mundo, mas, dedicando-se ao aprofundamento de seus conhecimentos sobre a Argentina depara-se com um pedacinho exuberante do nosso Brasil, as Cataratas do Iguaçu, que serviram de profunda inspiração para a produção de uma série de obras em aquarela e pastel.

Gregory J. Smith, fundador do CARF e ECBF
Caricatura: Gregory J. Smith, fundador do CARF e ECBF.

Tapororoca cheio de palha - Óleo sobre tela: 95 x 90 cm.
“Tapororoca cheio de palha” - Óleo sobre tela 95 x 90 cm. - Coleção Particular.





Saco do Purica Cheio de Kuyuna - Óleo sobre tela: 75 x 100 cm.
“Saco do Purica Cheio de Kuyuna” - Óleo sobre tela: 75 x 100 cm. - Coleção particular.





Aricuri no Murian - Óleo sobre tela: 120 x 90 cm.
“Aricuri no Murian” - Óleo sobre tela: 120 x 90 cm.


Renato, fazendo caricaturas de nossas crianças em Paraty
Renato Koledic, fazendo caricaturas de nossas crianças em Paraty.

Após conhecer este pedacinho do nosso país, muda-se para Paraty, no litoral brasileiro, onde trabalha nas ruas do Centro Histórico, fazendo caricaturas de pessoas comuns, pessoas que como ele apreciam a beleza de sua natureza exuberante, que também serviu de motivação para o experimento de outros tipos de segmentos das artes plásticas, feitos com elementos da natureza como folhas, galhos, troncos, bambus, pedras, etc.

Tudo o que é aparentemente morto retorna à vida de forma mais que espiritualTudo o que é aparentemente morto retorna à vida de forma mais que espiritual
Tudo o que é aparentemente morto retorna à vida de forma mais que espiritual, Renato através destas obras revela aos olhos desatenciosos o que não conseguem enxergar.

Roger, jovem estagiário de Capoeira Beija-Flor
Caricatura: Roger, jovem estagiário de Capoeira Beija-Flor.


Depois de conhecer as Cataratas do Iguaçu e Paraty, Renato viaja pelo Brasil. No momento em que se dedicava a conhecer um pouco mais sobre o Sul da Bahia se detém com a tribo dos Pataxós, o que o deixa fascinado pela tamanha beleza que existe em suas terras e em seu povo simples, mas que é dono de uma sabedoria e outras dimensões de valores que merecem de nós muita admiração e respeito.

Desta experiência de puro fascínio nasceu a Exposição Virtual Comemorativa do Brasil 500 anos, o “Pataxó Murian 500”, que é a reunião de várias obras que foram fruto deste período que Renato conviveu muito harmonicamente com a Tribo dos Pataxós e foi testemunha da beleza, da simplicidade, da alegria, do amor, da harmonia e da tranqüilidade deste povo que está infelizmente aos poucos desaparecendo.

Ângela - Óleo sobre tela: 115 x 130 cm.
“Ângela” - Óleo sobre tela: 115 x 130 cm.

Raquel Candido, filha de Artista Plástica Ordalina Candido Felipe, do ECBF
Caricatura: Raquel Candido, filha de Artista Plástica Ordalina Candido Felipe, do ECBF – Espaço Cultural Beija-Flor.



Perta Cu - Óleo sobre tela: 75 x 80 cm. - Coleção particular.
“Perta Cu” - Óleo sobre tela: 75 x 80 cm. - Coleção particular.


Escrevi na areia o nome da Aldeia” - Óleo sobre tela: 90 x 120 cm. - Coleção particular.
“Escrevi na areia o nome da Aldeia” (Dia do Índio na Barra Velha) - Óleo sobre tela: 90 x 120 cm. - Coleção particular.

Lagoa - Óleo sobre tela: 95 x 158 cm.
“Lagoa” - Óleo sobre tela: 158 x 95 cm.


Tururin Tá Só Descansando - Óleo sobre tela: 95 x 120 cm. - Coleção particular.
“Tururin Tá Só Descansando” Óleo sobre tela: 95 x 120 cm. Coleção particular.
“Senti-me encantado, iluminado, honrado por poder dividir com os Pataxó dias e noites, semanas e risadas, águas doces e salgadas, luas e estrelas, areias brancas, amarelas, paisagens, toda a beleza e magia do lugar”
- Renato Koledic


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terça-feira, dezembro 14, 2004

DE ONDE VEM O GRITO?


A personificação dos nossos gritos
São gritos de uma longa história que começou antes de muitos de nós.

A personificação dos nossos gritos

A enorme máscara que está sendo produzida pelo Artista Plástico Jorge Vargas reproduz o logo do programa Gritos Urbanos, mas, mais que uma imagem, estratégia de marketing ou objeto cenográfico, aquele rosto expressivo e sua gigantesca boca é na verdade a personificação dos nossos gritos, gritos de desconforto, insatisfação com a realidade social da qual fazemos parte ou vemos outros fazerem. É o grito que expressa a vontade que temos de mudar, de acordar a todos e trazê-los para a linha de frente desta batalha.

A personificação dos nossos gritos

A oportunidade é dada a você, não será fácil encarar esses gritos, porque são gritos de uma longa história que começou antes de muitos de nós, mas que nos fizeram herdeiros e, incapazes de não assumir as responsabilidades do mundo em que vivemos.
Vando, de 7 anos, foi modelo do nosso grito

Ouvir Jorge Vargas falando sobre
"O Grito"



No dia 16 de Março de 2005 às 16 horas esta boca se abrirá para que todos que desejarem experimentar este momento único e especial.

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terça-feira, dezembro 07, 2004

COCO DE EMBOLADA


Os Cantadores de Embolada Pardal e Azulão

O Vôo de Pardal e Azulão



Ouvir os Cantadores de Embolada Pardal e Azulão
Ouvir os Cantadores de Embolada Pardal e Azulão


Os nossos convidados, os Cantadores de Embolada, Pardal e Azulão, vem ao nosso programa trazer sua arte e a alegria, contar as histórias de vida de uma forma irreverente que certamente arrancará do público momentos de muitas gargalhadas e ao mesmo tempo os levará à reflexão.

Os garotos de Glória de Goitá (Pernambuco), Reginaldo Vasconcelos (Pardal) e Cícero Jaime (Azulão) foram seduzidos pela música e unidos pela vida dura de quem trabalha na roça e tem, com muita sorte, um rádio a pilha para ouvir música e sonhar com o que é narrado em suas letras. Assim cresceram trabalhando e sonhando, inspirados por vários artistas do Coco de Embolada como Barra do Dia, Galo da Índia e Andorinha do Norte, Beija-flor e Oliveira entre outros. As asas de Pardal e Azulão bateram na mesma direção em 1988, ainda em Pernambuco, formaram a dupla.

São Paulo, também para a dupla, veio como o trampolim para o sucesso. Aqui, buscaram seu espaço, divulgando sua arte e valorizando sua gente. Na carreira, já acumulam dois CD’s gravados; “Futebol no Inferno” e o “Corno Conformado” – atual álbum de trabalho. Também trazem na mala várias participações especiais em outros CD’s, como convidados, dentre eles a faixa gravada no CD dos 450 Anos de São Paulo com o grupo de rap Z’África Brasil, Cajú e Castanha e Azevedo e outros artistas.

Pardal e Azulão não esquecem seu passado, mas olham para frente e vêem o futuro como um longo vôo, desafiador e necessário ao coração inquieto do artista.

“Nós sofremos muito para chegar onde estamos e, ainda estamos trabalhando muito para manter um pouco da cultura do nordeste viva, mesmo longe da nossa terra, buscando apresentar para quem não conhece e, relembrando para aqueles que já ouviram o som do balançar do pandeiro...”- Pardal e Azulão.

A alegria, irreverência e crítica social trabalhada nas letras das canções da dupla de cantadores de embolada, Pardal e Azulão, não poderiam ficar de fora do programa Gritos Urbanos.
Os artistas de rua que moram hoje em Santo Amaro, integram o quadro de atrações e enriquecem ainda mais o nosso evento, prometem trazer a todos reflexões sobre a vida do povo brasileiro e os surpreendentes caminhos que esta gente segue por este país a fora.


Canto geralmente improvisado, com refrão fixo para desafio para os dois emboladores
OBS! Canto geralmente improvisado, com refrão fixo para desafio para os dois emboladores que se “enfrentam” de maneira semelhante aos repentistas de viola – a diferença é que, na embolada, o instrumento é o pandeiro. Muito comum no litoral nordestino. A “briga” se dá em forma de sextilha. Também é comum um único embolador se apresentar para uma roda de curiosos- neste caso, o poeta usa seus versos para satirizar a platéia, mas sem agredi-la e pedir dinheiro.



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segunda-feira, dezembro 06, 2004

VEJA SÓ!


O artista plástico Jorge Vargas com mais um desafio
Do desenho no papel para o esboço de argila, o artista plástico, Jorge Luis Vargas Gaitán, com mais um desafio.

O Projeto Gritos Urbanos aos poucos vem ganhando forma e encantando a todos.







O nosso programa começou mostrar sua cara e promete acelerar os batimentos cardíacos de quem se arriscar a entrar na gigante boca que está sendo construída pelo artista plástico, o peruano Jorge Luis Vargas Gaitán.

O Projeto Gritos Urbanos aos poucos vem ganhando forma e encantando a todos. Do desenho no papel para o esboço de argila e, da singela miniatura de barro, surge a expressiva entrada do teatro onde acontecerá o programa e também, onde nossos gritos se unirão com muita força e atitude.

A gigante boca que está sendo construída pelo artista plástico George Vargas.

Acompanhe o nosso artista voluntário, Jorge Luis Vargas Gaitán na construção de mais este desafio. Volta logo!!!



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"THE RICH MUST LIVE MORE SIMPLY SO THAT THE POOR MAY SIMPLY LIVE." - Mahatma Gandhi